sábado, 24 de janeiro de 2009

O Super-Estado

Costuma dizer-se que o Estado em Portugal representa 50% da riqueza produzida. É mentira. A percentagem é muito superior. Se pegarmos na CGD (detida pelo Estado) no BES, no BCP, na Somague, na Mota-Engil e em todas as outras empresas (pequenas, médias e grandes) que orbitam em torno do Estado, sendo por ele influenciado e normalmente determinando as suas decisões (não é por acaso que financiam determinados partidos), veremos que o peso do Estado é muitíssimo superior à percentagem vulgarmente e de forma simplista apresentada.

Uma boa prova disso mesmo é o facto de, por causa das suas posições a respeito do Banco de Portugal, do BPN e do BPP, o CDS estar agora a atravessar uma crise de financiamento. É que os empresários portugueses, que com tanta frequência cospem no prato do Estado, estão mais do que habituados a comer o que nele está. E o que está no prato do Estado é o dinheiro dos nossos impostos, o nosso dinheiro.

1 comentário:

Sérgio Pinto disse...

Igor,

Acho que percebo o que queres dizer com este post. No entanto, chamaria a atenção para a forma convencional de medir o peso do Estado na economia - peso dos impostos no PIB (%). E aí, não só estamos bem abaixo dos 50%, como creio estarmos abaixo da média europeia e da maior parte dos países da UE.