Por estas bandas, as enormidades são non. Parece que agora querem realizar uma grande campanha revolucionária em prol da eliminação dos semáforos, dos sinais, das passadeiras e das marcas rodoviárias. Ao que parece, o bom senso de cada um e a capacidade negocial serão suficientes para que tudo corra às mil maravilhas.
Recordo-me de ler nos Cisnes Selvagens de Jung Chang as milhentas loucuras que durante o regime maoísta se cometeram em nome da ideologia. Por exemplo, uma fantástica campanha contra as flores e em defesa das ervas daninhas, porque as ervas daninhas eram plantas proletárias. Os bloguistas lá do sítio estariam lindamente nesses tempos. Combater os semáforos porque são socialistas é demais. Muito, muito bom. Para ler e recordar.
6 comentários:
Igor, dei um saltinho ao sítio para ler com os meus olhos... e saí com os ditos cujos em bico.
A asneira ainda não paga imposto, é a safa desta gente.
Igor, apoias mesmo a Hillary? Bom, pelo menos não te faltam motivos para seguir o exemplo da Sra. Clinton e dar umas boas gargalhadas. Perante uma questão delicada, a Hillary sai-se sempre com uma boa gargalhada. Se o humor resolver todos os problemas do país, força aí.
Filipe, presumo que prefiras resolver os problemas de um país com um partido que aniquilou a obra que durante oito anos o marido da Hillary se empenhou em construir. Isto, falando apenas do ponto de vista económico. Escuso-me a falar da tentativa de destruição de um edifício jurídico-político velho de dois séculos e assente na liberdade.
Apoio Hillary não sendo americano, e se o fosse emigraria se ela perdesse as eleições.
Mas, Igor, olhando somente para o desempenho da Administração Clinton do ponto de vista económico, parece-me que o que se vê é que, essencialmente, ele se apoiou em receitas tradicionalmente republicanas (redução do défice e política orçamental contraccionária, mais liberalização e desregulamentação dos mercados...). E fê-lo, aliás, à revelia da plataforma eleitoral em que se tinha apoiado.
Muito bem Igor, emigra então. Dou-te duas alternativas à escolha:
- para a Checoeslováquia em 1936, um país muito democrático e que nunca tomou uma acção agressiva contra as liberdades, mas que é um exemplo muito bom do que pode ser o resultado do pacifismo, e da não-intervenção.
- para a União Soviética nos anos 50. Um país claramente anti-americano.
boa escolha
Filipe, creio que estás a ter o mesmo tipo de preconceitos em relação a mim que outros teus "camaradas" de blogue.
Em primeiro lugar, eu não sou pacifista. Seria complexo ser pacifista e defender a intervenção no Afeganistão, não achas? E tu não tens desculpa porque no Speakers Corner eu já o tinha dito e tu leste-o de certeza.
Em segundo lugar, também não sou anti-americano. Seria igualmente complexo ser anti-americano e desejar uma economia americana mais saudável e uma sociedade americana mais livre, não concordas?
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