Definitivamente a ler, da minha amiga Graça, Abdicatio Hereditatis.
Perdemo-nos nas miragens que estão já ali, ao virar da esquina, mas que nunca se concretizam, antes se arrastam, e olhamos os novos deuses do Olimpo futebolístico com a sanha de modernos cruzados, enquanto os suspeitos do costume nos vergam os costados numa miserável estatística que, como sempre, nos coloca no fundo da Europa e, diz-nos o bom senso, se acentua a cada ano, essa negra estatística do fosso esventrado entre ricos e pobres, esse desaparecer sumário duma classe média que, ainda assim, não acorda.
Ah, mas posso ser sócio da selecção de todos nós, para tanto basta-me reassumir a condição asinina e beatificar-me com o espírito santo, o banco. Que se calem os velhos do Restelo pois outros valores mais altos se levantam [...] … então, definitivamente, abdico desta herança que me angustia, me tolhe e vicia na aquiescência de um papel que renego, e determino com orgulho: não sou patriótica.
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