sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Contabilizando mortes e definindo regimes: Liberalismo e Socialismo

[...] de que falamos quando falamos de liberalismo? E, note-se, a mesma pergunta será legítima para o socialismo.
Ana Cristina Leonardo, nos comentários do 2+2=5

Podemos tergiversar muito sobre os conceitos, mas a questão é que uma e outra ideologia concretizaram-se em regimes políticos.

O liberalismo, concretizado em regimes políticos, implica economia de mercado, e pode incluir formas de Estado Social (aliás, no RU por exemplo os primeiros soluços de Estado Social foram desencadeados pelos Liberais, ainda os Trabalhistas estavam fora do sistema de rotatividade); para além disso, o liberalismo implica separação de poderes e rule of law, dado que quando os Estados modernos nasceram eram liberais e foi o liberalismo que trouxe estes conceitos.
Quanto a concretizações de Estados socialistas, os únicos que conheço são Cuba, URSS, China (hoje já não, mas em tempos), Europa de Leste, etc..

O que eu pretendi dizer é que podemos dizer que esse não era o verdadeiro socialismo, mas isso é completamente improdutivo. O que interessa é que, concretizado, o socialismo deu naquilo. A questão deve ser colocada: poderia resultar noutra coisa qualquer? Quantos mais milhões de seres humanos queremos usar como cobaias?
Pelo contrário, o liberalismo pode ter muitas manchas no seu percurso. Mas não só a sua forma de organização política é rigorosamente a única que se tem revelado ser justa, como do ponto de vista económico é o único que é compatível com a democracia e que simultaneamente promove a prosperidade e, até, igualdade social. Países como a URSS não eram igualitários. Mais hierarquia que aquela era difícil.

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