Não, não sou uma Xerazade! afirma Marjane Satrapi em entrevista à revista Actual. E o orientalismo bacoco em que alguns (mesmo que se achem progressistas), em nome da multiculturalidade, pretendem esmagar centenas de milhões de pessoas, não é o único cliché que Satrapi quebra.
- Houve movimentos feministas que sublinharam a condição feminina da personagem. O que pensa deles?
- Aborrecem-me. Esse discurso acaba por surgir com frequência quando sou entrevistada por mulheres. Não sou feminista, sou humanista. A liberdade não é uma questão de sexo. A estupidez também não. É por isso que recusarei sempre levar o meu filme a "festivais de cinema de mulheres" ou dar entrevistas a revistas femininas que têm na capa o novo milagre anti-rugas.
Aqui fica o trailer do filme Persépolis. Porque on peut être Persan e não ser nem uma Xerazade nem uma fanática feliz por viver embrulhada em lençóis.
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