quinta-feira, 6 de março de 2008

O país a ferro e fogo nas mãos dos imigrantes

Ontem, na Quadratura do Círculo, Pacheco Pereira enquadrou as três recentes mortes violentas (o segurança do Colombo, a mulher de Sacavém e o rapaz de Oeiras) no âmbito da crise económica, da cintura de comunidades imigrantes que envolvem Lisboa (negros, portanto) e das máfias que se têm vindo a instalar no nosso país a partir dos países de origem de alguns dos imigrantes (os de Leste, nomeadamente).

Hoje, o insuspeito de não ser racista Correio da Manhã publicou duas notícias sobre as três mortes. Numa conclui-se que as mortes de Sacavém e de Oeiras são da responsabilidade de uma só pessoa (a arma é a mesma) e na outra notícia descobre-se que o segurança não foi morto: suicidou-se.
Ora, se um assassino e um suicida fazem uma onda de criminalidade, eu vou ali e já venho. Mas enfim, não apoquentemos Pacheco Pereira e o seu xenofobismo militante e persistente: não deixemos que os factos ponham em causa tão bela teoria. No fundo, bem lá no fundo, ele continua a acreditar em amanhãs que cantam, embora o canto almejado seja agora o grito da revolta dos cidadãos de bem contra a invasão de estrangeiros.

Paralelamente, gostaria de perceber onde estão os imigrantes negros do Norte do país, posto que é aí que a maior parte da criminalidade violenta se dá (carjacking, assaltos a bombas, multibancos, lutas no negócio da noite, claques de futebol e mortes a tiro de caçadeira servidas semanalmente).

4 comentários:

Joana Lopes disse...

A propósito, talvez goste de passar por aqui:
http://entreasbrumasdamemoria.blogspot.com/2008/03/preservao-do-lince-ibrico-nunca-me.html

Filipe Melo Sousa disse...

É engraçado que no Correio da Manhã não é feita textualmente uma referência à etnia dos criminosos. Mas as ilustrações da cena já o fazem.

Igor Caldeira disse...

Não vi nenhuma notícia sobre este caso com fotografias do culpado - tanto quanto sei, ainda não se faz ideia de quem ou como possa ser. Pode ser branco, preto, ou amarelo. Não sabemos.
De modo que só podemos fazer uma de duas coisas: ou aguardar por desenvolvimentos ou conjecturar com base nos nossos preconceitos.

Tárique disse...

Tenho a ideia que quase metade dos homicídios que ocorrem em Portugal não são ligados a assaltos ou roubos mas sim a violência doméstica e crimes passionais.