quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Esta juventude está perdida

Julgo que a proposta aprovada hoje neste plenário de estudantes candidatos ao primeiro ano e apresentada pela sua inter comissões de luta órgão que todos souberam erguer para poder fazer avançar a luta é uma proposta inteiramente justa e que conduz no sentido correcto da luta que é no sentido de ingresso imediato da sua aplicação desde já e de exigir das autoridades governamentais a legalização; pois nós temos que ver que esta questão da luta contra o serviço cívico, que já foi vista o ano passado e temos que seja quem for que está no ministério da educação e da investigação cientifica, chamemos-lhe assim, defende essa medida, medida essa que não é mais que o reflexo da crise do sistema de ensino burguês, e medida essa que é inteiramente incorrecta, anti operária e anti popular que lança estudantes contra trabalhadores e trabalhadores contra estudantes.

Aqui estão as competências linguísticas de um jovem universitário de classe média-alta, há 30 anos atrás e que teve toda a sua escolaridade ainda nos gloriosos tempos da Outra Senhora. Diga-se o que se disser a respeito do nosso sistema de ensino, em 30 anos avançámos muito. Gente um pouco mais ignorante haverá sempre, mas não só creio que não encontraríamos muitos universitários hoje capazes de dizer tantas asneiras como também acho que os que se equiparam hoje àquele grau de alarvidade se remetem ao silêncio.

E saber estar calado, tal como saber falar, é um sinal de sabedoria.

4 comentários:

Anónimo disse...

Até que enfim que vejo alguém a comentar as "competências linguísticas" desse carapau... Refiro-me apenas à sua forma de falar e não aos seus ideais.
É isso, Igor...és cá dos meus ;-)

GMaciel disse...

Eheheheh... (in)competências àparte, é interessante verificar as incongruências da juventude em semelhante cromo. Até dói vê-lo "dissertar" sobre trabalhadores e ensino buguês.
:)))

Mas agora por competências linguísticas, não ouviste hoje o Teixeira dos Santos, na sua alocução sobre o OE, falar em "mérito ou deSmérito"???
Alegremente se pontapeia a gramática, hoje mais do que nunca, há que o dizer.
:(
jocas grandes

Igor Caldeira disse...

Desmérito? Isso faz-me lembrar o Guterres quando falou no "tráfico" de automóveis (e sim, era o "tráfico" do congestionamento, não o tráfico mesmo).

GMaciel disse...

Ki, temos de criar o CI, "Clube dos Inconformados".
:))))

Igor, se deres uma volta por alguns blogues, darás de caras com professores universitários (assim se afirmam) a conjugarem o verbo "querer" com Z e o verbo "trazer" com S.
:(
Confesso que já li tanta porcaria que, por vezes, tenho de dar uma saltada ao dicionário para confirmar se o que pretendo escrever é como penso ou não.
:(
Também recebo memorandos ou ofícios da escola do meu puto, com o "afim" em vez de "a fim" e o "ENQUANTO educadores" ao invés de "COMO educadores". Estes dois já se generalizaram tanto que quase se tornaram a regra e não o erro.
:((
Uma grande cambalhota linguística é o que estamos a precisar, ou seja, mandar esta gente toda - a que deveria ser o exemplo - para os bancos do primeiro ciclo outra vez.

jocas grandes aos dois

PS: eu também não gosto de língua de vaca, quanto muito como a de gato e a de sogra - doçaria, claro.
;)
:))))