terça-feira, 2 de outubro de 2007

Não te matamos, mas tens de te converter


[...] como podem ser toleradas todas as posições religiosas? Isso levaria a que as pessoas que têm posições religiosas que toleram o Aborto, a Pedofilia ou o Homicídio de Infiéis, tenham de ser toleradas.



O autor deste blog afinal é um humanista: apesar de defender que o Estado obrigue todos os cidadãos a guiar-se por uma mesma religião, ele não está a favor do assassinato dos não-crentes.

Que conclusão? Bom, a bem ou a mal, têm de ser convertidos. Não mortos, mas convertidos. Em último caso, manda-se os tipos para as masmorras.

Face a outros tempos, é uma evolução.

4 comentários:

Tárique disse...

já agora, esse gajo advoga-se "liberal" ?

Anónimo disse...

Não sei se sabe, mas o Reino Unido é um Estado Confessional, assim como a Alemanha e a Irlanda. Tal não implica conversões forçadas ou que todos tenham de se submeter a uma mesma religião. Significa apenas que a legislação tem uma base e um substrato que é religioso.
Não sei também se sabe quem é Josef Weiler, um judeu que defende que a Europa ou é cristã, ou não é nada...
Em suma, a sua caricatura boçal e alarve que faz do que escrevi, fica como descrição da sua ignorância e como perfeitamente ilustrativa da mentalidade fechada dos nossos apologetas da tolerância...

O Corcunda

Igor Caldeira disse...

Tárique, não sei ao certo. Pode perguntar-lhe, mas como toda a direita blogosférica se acha liberal, é bem possível que o autor também se ache liberal. No entanto, reconheço que isso não +e necessariamente assim: ao contrário de outros bloggers conservadores, este não tem vergonha de falar sério.

Igor Caldeira disse...

Corcunda, bem sei que o Reino Unido e vários outros países são Estados confessionais. Questione-se contudo quantos deles são repúblicas e quantos são católicos e terá um cenário bastante clara que separará as águas entre tradições protestantes e católicas e sobre as formas de as diferentes sociedades se adaptarem à mudança.

Quanto a Josef Weiler, não sei se sabe, mas um dos defensores da possibilidade de aplicação da Sharia no Ontário foi um rabi. Também não sei se sabe, mas aquando dos cartoons dinamarqueses, a Igreja (pelo menos em Portugal) pôs-se do lado dos muçulmanos. É curioso que os religiosos mais radicais se defendam uns aos outros não é? Não, não é. Enquanto tiverem de lutar contra o Estado laico e a sociedade secular, estarão aliados. Uma vez destruída a Modernidade, poderão então regressar aos bons velhos tempos, ao que sempre fizeram e sempre souberam fazer (precisamente quando a Europa era cristã à séria): matarem-se uns aos outros. Mas, antes disso, é preciso destruir os não-crentes. É uma questão de estratégia.