No texto de Amartya Sen que trouxe ontem há uma dimensão que não deixa, para mim, de ser importante reter e que tem que ver com a questão da cooperação para o desenvolvimento.
Não quero nem pôr de parte um certo realismo na Relações Internacionais (que é imprescindível) nem defender um idealismo catastrófico como o que enterrou os EUA no pântano iraquiano. No entanto, creio que os países europeus em particular devem promover uma distribuição das ajudas para países em denvolvimento com critérios que premeiem não só a boa utilização do dinheiro pelos estados receptores, como também o seu compromisso com a democracia política e (mais importante que a democracia política) com os Direitos Humanos.
Creio ser isto bastante mais útil que comprar atoleiros iraquianos. É que se à bomba podemos impôr democracias de opereta, para irmos além da fachada e construir um edifício sólido de liberdade temos de estar preparados para empreender (e ajudar a empreender) um longo caminho.
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