terça-feira, 31 de julho de 2007

Piadas contemporâneas

Se deus existisse, eu diria "Graças a deus, a estupidez não paga imposto". Como não existe, digo apenas que por estupidez governamental a estupidez não paga imposto. O Portugal Contemporâneo pagaria défices de vários exercícios seguidos.

Vejamos os magníficos comentários de Ricardo Arroja:

essas sociedades [as islâmicas] não são exemplo nenhum em matéria de direitos civis, direitos humanos, tolerância democrática e civico-religiosa, progresso económico, por aí fora. Posto isto, eu continuo a acreditar que neste mundo cão em que vivemos hoje, um mundo de "não olhes para o que digo, olha para o que faço", a sociedade que apesar de tudo permanece a meu ver como o melhor exemplo de equilíbrio é a britânica. Que em substância, creio, não pode ser considerada como confessional.

As sociedades confessionais nunca são exemplos de direitos civis nem políticos. O blog do papá (Pedro Arroja, co-autor do Portugal Contemporâneo) é o exemplo acabado disso mesmo. Nenhum dos defensores aqui da confessionalidade morre de amores pela democracia e pela tolerância. O papá até tem pena que os judeus não tenham sido todos gaseados. Quanto à sociedade britânica, bah: de um extremo ao outro, é o que dá. Eu bem digo que o multiculturalismo e o tradicionalismo têm a mesma raíz hegeliana. O Reino Unido é dos melhores exemplos de multiculturalismo e olhe-se para a bela porcaria que estão a conseguir. A maior parte dos terroristas islâmicos europeus estão onde? Há muitos mais muçulmanos em França, país do "fundamentalismo laicista" e no entanto (ou melhor, precisamente por isso) têm o extremismo religioso mais controlado. Não há coincidências.



se bem recordo as minhas lições de História, o mundo ocidental, em particular os EUA, tem de voltar a ser Esparta...temos de vencer uma Atenas corrupta que, a cada dia que passa, destroi os ideais que fizeram do mundo ocidental um exemplo de integridade moral...perdida quando, de forma irresponsável e totalmente inimputável (!!??!!), declarou guerra pre-emptiva ao Iraque

- Primeiro, defendemos os direitos civis e políticos.
- Depois, defendemos Esparta (esse exemplo de tolerância).
- Terminamos dizendo que a invasão do Iraque foi não um acto belicista (ao estilo espartano) desencadeado pelos neocons mas uma consequência da decadência moral democrática ateniense.

Já ninguém se recorda da "Velha Europa" (frouxa, cobarde, decadente e contra a invasão) e da "Nova Europa" (viril, viva, corajosa).
Não haverá por ali um pouco de decência, de vergonha na cara, de capacidade de argumentação com algum apego ao real?


Cada tiro cada melro.

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