Ao que parece, ele não consegue distinguir entre duas (ou, já agora, mais) pessoas maiores de idade que livremente desejem ter relações sexuais (e/ou afectivas) e por exemplo a proibição de entrarmos numa via de sentido único ou de caçarmos no jardim lá do bairro.
Como é óbvio, os resultados são naturalmente os mesmos. Impagável.
O tabu
Tribunais americanos estão a discutir a poligamia. Algumas seitas religiosas usam-na, desafiando a lei, e certas consequências geraram compreensivelmente processos criminais.
Este estilo de vida, como a prostituição, ainda luta pela legalização, mas homossexualidade e pornografia já estão na fase de reconhecimento oficial, envolvendo vários políticos na campanha.
Por detrás disto tudo está o tabu fundamental de um tempo que se diz sem tabus: «como se pode proibir ou limitar a sexualidade consentida entre adultos?».
Curiosamente, este argumento parece decisivo a muitos. Curiosamente, porque quase todas as outras actividades consentidas entre adultos são hoje, não só altamente regulamentadas, mas até proibidas, criminalizadas e punidas.
Contratos de trabalho e arrendamento entre adultos que consentem estão sujeitos a miríades de regras e restrições. Quem abre um restaurante ou uma loja de comidas, anda de carro ou caça, tem de cumprir milhares de regulamentos, que o sujeitarão a pesadas penas, mesmo que só se envolvam adultos que o desejem.
O tráfico de droga, contrabando e múltiplas outras actividades praticadas entre adultos que, mais que consentindo, estão mesmo ansiosos por isso, continuam proibidos e perseguidos. E com toda a razão!
Por que motivo então a sexualidade tem de ser a única acção onde basta o consentimento de adultos? Será por ser pouco importante? Por acaso, é muito mais influente que qualquer das outras. Por que razão é então? Muitos acham a resposta evidente. De facto, os tabus nunca precisam de justificar os seus motivos. Por isso é que são tabus.
João César das Neves
Tribunais americanos estão a discutir a poligamia. Algumas seitas religiosas usam-na, desafiando a lei, e certas consequências geraram compreensivelmente processos criminais.
Este estilo de vida, como a prostituição, ainda luta pela legalização, mas homossexualidade e pornografia já estão na fase de reconhecimento oficial, envolvendo vários políticos na campanha.
Por detrás disto tudo está o tabu fundamental de um tempo que se diz sem tabus: «como se pode proibir ou limitar a sexualidade consentida entre adultos?».
Curiosamente, este argumento parece decisivo a muitos. Curiosamente, porque quase todas as outras actividades consentidas entre adultos são hoje, não só altamente regulamentadas, mas até proibidas, criminalizadas e punidas.
Contratos de trabalho e arrendamento entre adultos que consentem estão sujeitos a miríades de regras e restrições. Quem abre um restaurante ou uma loja de comidas, anda de carro ou caça, tem de cumprir milhares de regulamentos, que o sujeitarão a pesadas penas, mesmo que só se envolvam adultos que o desejem.
O tráfico de droga, contrabando e múltiplas outras actividades praticadas entre adultos que, mais que consentindo, estão mesmo ansiosos por isso, continuam proibidos e perseguidos. E com toda a razão!
Por que motivo então a sexualidade tem de ser a única acção onde basta o consentimento de adultos? Será por ser pouco importante? Por acaso, é muito mais influente que qualquer das outras. Por que razão é então? Muitos acham a resposta evidente. De facto, os tabus nunca precisam de justificar os seus motivos. Por isso é que são tabus.
João César das Neves
2 comentários:
"beatice católica mais analmente retentiva"
eheheh, que pagode de expressão!!! adorei...acho que vou adópta-la!
Ah, mas eu adoro este César! É uma fonte de alegria.
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