Já falei anteriormente do simplismo ideológico dos neoliberais. Os seus primos direitos, os neocons, não lhes ficam atrás na estupidez (nem à frente, creio eu, dado me parecem tão imbecis uns quanto os outros).
No entanto, é sobejamente conhecido não só o seu espírito aguerrido como também aquela mania de se acharem tipos muito cultos e que sabem escrever. Deixo o link para um texto fabuloso sobre a escrita neocon.
[...] esse estilo é importado dos Estados Unidos. A esse novo estilo chamaremos literatura neocon (ou simplesmente pop neocon). A fórmula é simples. Pega-se um tema qualquer que dê uma boa discussão. Na falta dele, alce um tema à categoria de grande polêmica da sociedade (sim, a literatura neocon consome muita energia e não pode sobreviver na calmaria cotidiana). Depois faça comparações hiperbólicas (“culpados pela matança de cem milhões de pessoas”, etc), e traga à cena personagens da história, mas de preferência vilões incontornáveis (Stálin, Hitler etc). Isso é para que não haja dúvida sobre de que lado ficar. Por fim, produza-se alguma alcunha espetacular sobre algum personagem público ou tornado público, exatamente com o intuito de difamá-lo. Às vezes essa alcunha pode ser direcionada ao grupo ideológico rival. A literatura neocon é um tipo de folhetim, onde se encontram os elementos mais básicos desse gênero: periodicidade, uma eterna luta de mocinhas indefesas contra megeras, degenerados de caráter versus homens de respeito e, principalmente, um final triunfal. A diferença é que não é o personagem que vence, mas o jornalista-justiceiro, o intelectual desvelador da grande sacanagem da História.
[...]
Ocupa hoje vários suportes: colunas de jornais, telejornais noturnos, sites e blogs.
Estão a lembrar-se de tantos personagens quanto eu?
No entanto, é sobejamente conhecido não só o seu espírito aguerrido como também aquela mania de se acharem tipos muito cultos e que sabem escrever. Deixo o link para um texto fabuloso sobre a escrita neocon.
[...] esse estilo é importado dos Estados Unidos. A esse novo estilo chamaremos literatura neocon (ou simplesmente pop neocon). A fórmula é simples. Pega-se um tema qualquer que dê uma boa discussão. Na falta dele, alce um tema à categoria de grande polêmica da sociedade (sim, a literatura neocon consome muita energia e não pode sobreviver na calmaria cotidiana). Depois faça comparações hiperbólicas (“culpados pela matança de cem milhões de pessoas”, etc), e traga à cena personagens da história, mas de preferência vilões incontornáveis (Stálin, Hitler etc). Isso é para que não haja dúvida sobre de que lado ficar. Por fim, produza-se alguma alcunha espetacular sobre algum personagem público ou tornado público, exatamente com o intuito de difamá-lo. Às vezes essa alcunha pode ser direcionada ao grupo ideológico rival. A literatura neocon é um tipo de folhetim, onde se encontram os elementos mais básicos desse gênero: periodicidade, uma eterna luta de mocinhas indefesas contra megeras, degenerados de caráter versus homens de respeito e, principalmente, um final triunfal. A diferença é que não é o personagem que vence, mas o jornalista-justiceiro, o intelectual desvelador da grande sacanagem da História.
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Ocupa hoje vários suportes: colunas de jornais, telejornais noturnos, sites e blogs.
Estão a lembrar-se de tantos personagens quanto eu?
2 comentários:
Blog blasfémias?
Entre tantos outros...
;-D
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