- Porventura será diferente da razão, ou uma qualquer das suas formas, de maneira que haverá na alma, não três, mas dois elementos, o racional e o concupiscível? Ou tal como, na cidade, esta se compunha de três classes - a negociante, a auxiliar e a deliberativa - também na alma a terceira servia este elemento irascível, auxiliar do racional por natureza, quando não foi corrompido por uma má educação?
Platão, A República, 441a
Ora vejamos: se quem deve governar é a razão e se a razão necessita do voluntarismo dado pela coragem para fazer face às debilidades do elemento concupiscível...
- Costa é apenas o garante de que, daqui a seis meses, comamos com a Ota novamente. Zero de racionalidade, zero de coragem, tudo desejo.
- Carmona - é apenas uma questão de orgulho pessoal.
- Negrão tem muita coragem - mas a coragem dos loucos; largar uma autarquia quase ganha (Setúbal) e ir para uma perdida à partida (Lisboa) demonstra espírito de sacrifício, mas nada mais. Lisboa está em maus lençóis, mas ainda não chegou à fase suicidária.
- Ruben de Carvalho é algo desinteressante: tem um pouco de tudo e um pouco de nada. Alguém já percebeu o que é que ele quer para além de continuar na Câmara?
- Sá Fernandes tem muita coragem e de facto é o melhor argumento a seu favor. Isso ninguém lhe tira e sou o primeiro a elogiá-lo no caso Bragaparques (vejo-me por vezes a defendê-lo em situações em que sei que ele está errado, só porque achei que ele agiu bem nessa situação). No entanto a intervenção dele no dia a dia ao que me dizem é calamitosa. Por exemplo, estar contra a demolição de casas insalubres em bairros em que tanto a população como os técnicos estão de acordo. Racionalidade? Não a há. Se é mesmo incompetência ou se é vontade de ser do contra, isso, não sei.
- Telmo Correia... a defesa do Portela + 1 é uma boa vantagem, mas falta-lhe a ambição.
- E resta Roseta que, para além de competente, é inegavelmente uma lutadora. É dela que Lisboa precisa.
Quem diria, Sócrates a apoiar Roseta? Ah, pois é...
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