O João está com o seu grupo de amigos. Os amigos decidem grafitar uma parede. O que deve o João fazer?
- Resposta Libertária/ Neoconservadora/ Neoliberal/ Conservadora Liberal/ Objectivista
O João deve analisar a situação e perceber qual, egoisticamente, é o seu interesse. Praticar o acto dar-lhe-á prazer. Não praticá-lo pode levar à perda dos amigos. Assim, o João deve participar. - Resposta Republicana Liberal
O João deve analisar a situação e perceber quais os vários interesses em confronto. O seu interesse imediato diz-lhe que deve também pintar. No entanto, quereria ele que abusassem da sua propriedade privada? Se ele fosse o dono da casa, como se sentiria? Para além disso, será que aquela parede terá efeitos negativos sobre quem por ela passar? No fim, o João deve recusar-se a participar na pintura.
A Maria está a passar por uma rua escura habitada apenas por um casal de idosos. Na montra de uma loja que ela sabe que não tem alarme, Maria vê um telemóvel. Aquele é exactamente o modelo que ela quer. O que deve ela fazer?
- Resposta Libertária/ Neoconservadora/ Neoliberal/ Conservadora Liberal/ Objectivista
A Maria deve analisar a situação e perceber qual, egoisticamente, é o seu interesse. Não vai ser apanhada se resolver partir a montra. Se eventualmente conseguir parti-la sem se magoar excessivamente, deverá fazê-lo e levar o telemóvel. - Resposta Republicana Liberal
A Maria deve analisar a situação e perceber quais os vários interesses em confronto. Aquele telemóvel é exactamente o que ela queria e tem ali uma oportunidade de o levar sem custo nem risco nenhuns. Simultaneamente, como reagiria ela se fosse a dona da loja? Poderia ela concordar com a destruição da montra e o roubo do bem? A Maria deve questionar-se se o seu acto poderá ser transformado em conduta generalizada. Se esse acto fosse praticado por todos, sentir-se-ía ela bem? Seria isso do seu interesse?
Basta colocarmos estas opções para que as pessoas possam escolher e avaliar-se.
- Eventualmente, encontraremos muitas pessoas que escolheriam a primeira.
- Encontraremos ainda outras que não escolheriam a primeira por pudor ou porque os casos retratam zés-ninguéns. Se estivermos a falar de uma empresa fugir a milhões de euros de impostos, outros como tu acharão correcto. E, no entanto, o princípio é o mesmo: ou o interesse pessoal imediato, ou o interesse pessoal mediado pela reflexão sobre as implicações do meu acto.
- Encontraremos, enfim, muitas pessoas que, numa situação de caos, também violarão a propriedade privada.
No entanto e precisamente, é para evitar chegar a esse caos que se fazem leis e se estabelecem forças que por elas zelem. A maioria das pessoas, se for realmente livre de qualquer coacção, escolherá a segunda opção. A maior prova disso mesmo é que a regra em sociedades estáveis é não haver mortes por tuta e meia nem pilhagens a todo o momento.
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