O corolário do que atrás defendi é este: indivíduos que confiam nos outros e nos quais os outros confiam são indivíduos sequiosos de liberdade. Eles são-no porque compreenderam a outra designação debaixo da qual surge o conceito (a ideia) de liberdade: responsabilidade.
De facto, à medida que o Estado retira a sua tutela, a sociedade tem de estar preparada para assumir as suas responsabilidades. Se não for este o caminho seguido, se não se perceber a diferença entre liberdade e libertinagem, das três, uma:
- ou o Estado não devolve poder;
- ou voltamos à anarquia;
- ou, e após uma passagem pela anarquia, os velhos modelos estatizantes, mesmo que reformulados (a negação da negação nunca é exactamente igual à afirmação), regressarão.
De modo que o único caminho seguro no caminho para o aumento da liberdade é a assunção das responsabilidades - que não são meramente individuais porque não somos ilhas mas seres gregários - que ela acarreta.
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