A bandeira da política do ambiente foi conquistada pelo PSD, por militantes e dirigentes como Carlos Pimenta, na década de 80. Não faz nenhum sentido que hoje seja a esquerda socialista, ligada a uma lógica ambientalista um pouco do Parque Jurássico, a liderar as grandes questões ambientais.
É um facto que o PSD tem um historial na matéria, embora pouco mais seja que o Carlos Pimenta. É também um facto que muitas vezes a Esquerda tem um discurso profíquo mas simultaneamente pobre. Não deixa de ser um facto que, se o PSD quisesse recuperar um discurso e uma acção a respeito do ambiente, deveria começar por não ter gente a dar cobertura a Portucales e afins.
Assim como não deixa de ser um facto que o discurso ambientalista tem de começar a amadurecer, ou melhor, o discurso político sobre o ambiente tem de ser diferente. Não só deve ser mais duro na condenação das aberrações (como o que este Governo pretende fazer ao betonizar o Litoral Alentejano) mas sobretudo - porque é no dinheiro que se joga sempre tudo - em fazer perceber que o ambiente pode representar novos negócios, ou a melhoria de negócios já existentes. Enquanto não nos convencermos disso, não há manifestação que resulte. Nem visita às minas, já agora.
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