segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Sobre o Negacionismo da Crise Ecológica

Nos comentários deste post desenvolveu-se uma discussão interessante. Por acaso, dei também de caras com um outro blog que nunca tinha lido e do qual gostei. Um dos posts que mais gostei, e que vem justamente a propósito, é o Contra-fé. Nele, João Galamba desmonta a argumentação sempre tosca dos negacionistas. É incrível como a Direita portuguesa copia todos os disparates importados a partir da mais retrógrada Direita americana e se mantém à margem das evoluções da Direita europeia. Há algumas partes que eu gostaria de salientar:

há uma alternativa a esta união dialéctica dos opostos. Sem cair em nenhum dos extremos, sem necessitar de angelizar diabolizar a Humanidade (será que FCG concorda com aquele artigo mítico do André Abrantes Amaral em que se sugere que o pessimismo é marxista?) o melhor é abandonar a(s) crença(s) e escutar o que vai dizendo a ciência.

ela [a ciência] também parece ser mais ou menos unânime no reconhecimento do aquecimento global e na responsabilidade causal da humanidade neste fenómeno. Por muita diabolização negacionista que FCG pratique, se existe algum consenso nestas matérias, ele aponta claramente neste sentido.



Será difícil perceber isto? Parece que sim. Para lá da ideologia, temos de encarar a realidade como ela é. Como cada um pretende resolver os desafios que estão perante nós, aí sim, é uma questão ideológica. Agora, afirmar ou negar a crise ecológica por motivos ideológicos é... bom, idiota.

2 comentários:

Anónimo disse...

Igor, estive a ler o teu debate com o Filipe Melo Sousa e acho que ele até nem se saiu nada mal para quem está a defender o indefensável.
Quanto a ti, gabo-te a paciência.
Sobre questão, que levantas no debate, do Estado contratualizado vs. feudalismo, publiquei no meu blogue uma coisa que agradecia que comentasses.

Anónimo disse...

Há uma expressão tipicamente portuguesa e chico-esperta que exprime o negacionismo em voga nos blogues da direita: «é o que está a dar»...