sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Seguiu a queixa para a ERC

Após ler no Renas e Veados um post em que se denuncia uma mentira descarada publicada pelo Correio da Manhã, enviei uma queixa à ERC. O local em que as queixas podem ser feitas é este, e o texto que enviei é o seguinte.
No sítio do Correio da Manhã encontra-se uma notícia na qual se alega que uma mulher estava a tentar prostitui o filho para práticas homossexuais em Sitges, local conotado com a comunidade homossexual. De toda a notícia, é possível que esta seja das poucas coisas verídicas.

De facto, tanto o Jornal de Notícias como o El País noticiaram esta situação, mas com os seguintes títulos:
Menina de dois anos oferecida para sexo (Jornal de Notícias)
Detenida una mujer en Sitges por intentar prostituir a su hija de dos años (El País)

É impossível acreditar que o jornalista se tenha distraído e também me custa a crer que ninguém no Correio da Manhã tenha confirmado a informação. De modo que quanto ao jornalista, só podemos concluir que se tratou de um acto voluntário com vista a atacar uma minoria sexual. Quando ao jornal, há duas hipóteses: ou incúria ou concordância com os objectivos do jornalista.

4 comentários:

GMaciel disse...

O Correio da Manhã sempre foi perito em "fabricar" notícias mas o que me preocupa mesmo, é a tiragem que tal lixo tem. Faz-me comichão esta tendência do portuga - alfabetizado disfuncional por natureza ou karma - em escolher o que de pior se faz a todos os níveis. A norma é: quanto mais baixo, melhor.
Admiro esta tua coragem e força para tentar mudar alguma coisa neste triste panorama.
bjs

Anónimo disse...

Ora...

E se o Correio da Manhã alegar em tribunal a «doutrina Mrdoch» segundo a qual o direito de expressão inclui o direito a mentir?

Eurydice disse...

Igor, bravo pela acção! A quantidade de lixo que se publica com o nome de "jornal" é revoltante!
Eu já não compro nenhum, confesso!

Felizmente, há fontes de informação mias limpas!

Igor Caldeira disse...

José Luiz, o CM pode alegar tudo o que quiser. A ERC é que não pode aceitar que um jornal faça passar por notícia uma mentira. Uma coisa são secções específicas em que notícias falsas são produzidas (O Inimigo Público, p.ex.). Outra coisa é haver falseamento da verdade. Se permitisse isso, estaria na prática a dizer que não tem razão de existir. Aliás, na reclamação que fiz existe uma forma de tipificar as reclamações. Um dos "quadradinhos" que existe é precisamente "Rigor Informativo".